quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Só... e simples assim.

De solidão em solidão,
um momento se torna real.
Um sonho faz florescer,
e a alma descansa enfim.

Mesmo que só,
onde o que se ouve é apenas a respiração que se tem.
A batida que apenas assim existe e nos mantem.
Ainda sim,
há de existir o som da vida,
ecoando pela janela,
fazendo graça ao prestar a visita.
Permanecendo intacta ao silêncio.

E quantas palavras ficaram ao vento..
Disfarçadas de notas,
quem sabe nuas.
Talvez apenas perdidas por entre as pequenas e longas ruas.

Ao terminar o dia,
convidando a lua a entrar.
Trocando terra por mar.
Sem sequer lembrar-se de descansar.
Na esperança de apenas existir,
e nada mais.

Sem apelo aos céus,
sem apego a chuva.
Mesmo que ao relento da vida,
entre folhas já tão secas,
sopra uma brisa familiar.

Quem sabe eu a confunda com seu tão querido amigo,
o ar.
Quem sabe me distraia antes de vê-la passar.
E se for então,
que me perdoe a desonra.

Que haja apenas o luar,
que venha apenas por um segundo, me iluminar.

Que seja belo em seu tamanho,
e se for cedo, que me traga conforto em seu manto.

Que cresca em cada detalhe,
seja perfeito,
seja meu longo e infinito vale.

Seja meu um dia enfim,
e que a solidão se despeça sem que me encontre, ou volte ate mim.




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