sábado, 16 de janeiro de 2010


"Nem muito, nem pouco.
Um a um. Cada um.
Nem por mim, não por ti.
Nenhum de nós. Pelo menos não a sós.
Nada ao redor. Não mais.
Folhas secas. Paredes ou cercas.
São pó. Só...
Não me lembra você, não me lembro de ver.
Não sei o que. O que há pra saber?..
Os cacos espalhados, peças de um baralho. Não mais.
Nem cartas. Nem paz.
São facas, são letras.
Simples e incompletas,
sem sentido.
Nada.
Nada.
Nada.
E o que vem depois,
Não sinto...
Não sei.
Flutuando, ainda sim posso respirar.
Me falta o calor,
mesmo quando arde.
É ferro,
amargo e seco.
É tudo,
e não me serve de consolo.
É lenda. Quem disse? Quem viu?
Não minto.
Sopra o vento que enfurece.
É brando, não mais que rouco...
Não mais, e nunca foi.

São frases.
Falas.
São vãs.
Simplórias.
Encardidas.
Escuras.

São só.
Nada mais.
Nada.
Nada.
Nada.
Nad
Na
N
."

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