domingo, 29 de agosto de 2010

afogado

"E quando o horizonte se perder,
nos olhos de um ou outro talvez,
encontrarei o sinos a badalar,
a me lembrar de que o tempo passou e não foi ontem que o inverno acabou.
As vozes vão voltar e, ainda que eu desapareça,
não há como ignorar essa alusão à loucura.
Será outono, entre outras estações.
Esgotando as folhas secas da amarga pressa seca.
Voltará a ser pálido, e frio, e recorrente.
Quando for o tempo de acordar e ancorar no presente afogado pelo futuro do passado."

(A.B. Giordano)

My. sweet. funny. valentine.

If there was a sweet song,
a lovely one,
I'd write it inside the lovers hearts.

Fill them with undescribable lyrics.
And let them know how fortunate they are for finding love.

I'd carry the burden my own,
if I only knew that love is out there, somewhere..
And then again, if I had the strength, I'd write it just for the sake of mankind,
and my heart and soul...

"For thy is the only peace I have left in this world of mine."

(A.B. Giordano)


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

EU ACREDITO

O que move os homens,
no caminho pela breve passagem da vida?
Seria a felicidade ou apenas a esperança de encontrá-la?
Ou quem sabe a ilusão de que, talvez, possamos encontrar uma forma de sermos eternos?

Não me importa qualquer resposta.
Já não faz diferença.
O meu caminho eu já sei.
Já encontrei minha razão.

 *Viver o presente como se não houvesse futuro - parece uma boa ideia.
**Apreciar o momento - por entender que cada um deles é unico.
***Acreditar na bondade e na verdade, pois só assim é possível enxergar a felicidade.
****Ser fiel a minha alma.
*****Crer que o que eu faço faz sim diferença no mundo ao meu redor.
******Independente do que os outros possam pensar, vou seguir com minhas convicções.
*******Dentro do meu coração só há lugar para perdão - não vou gastar espaço com mágoas.

"E, ainda que eu falhe, mesmo assim vou permanecer com a certeza de que nenhum erro é irreparável. Mesmo que pareça que não há solução, vou manter minha fé e acreditar que tem alguém lá em cima que é perfeito e não faz nada por acaso..."

Neste momento, permaneço de tal forma que nada pode me deter quando digo que eu escolho acreditar que a vida é perfeita simplesmente da forma que é.

"De que adianta viver sempre em busca de mais e não apreciar o que de melhor a vida pode oferecer - um Sorriso?!"

(A.B. Giordano)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Seja enfim

"Basta que o momento seja eterno.
Não me importa o quão longo ou curto ele possa ser.
Que seja, ainda que em partes, eternamente meu.
Para que a sombra da dúvida não venha me corroer depois.
Contanto que tenha asas,
de que importa se pode ou não voar?
E se for pra ser esquecido,
então deixe de ter existido.
E o que não posso suportar, que não faça nunca parte dessa pequena alma que desconsolada teima em guardar."

(A.B. Giordano)

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

espera sem partida

...de encontro ao remoto passado,
no espelho empoeirado.
vi os olhos,
o rosto manchado.
as faces escondidas pela tempestuosa corrida.
os males e os fardos amarrados.
quando ainda eram solitários.
mesmo após o caminho cercado.
mesmo entre os arames farpados.
era frio.
já não é mais.
tornou-se apenas o circuito por onde se caminha com os pés descalços no asfalto.
mesmo que seja lua,
ainda que haja sol.
vir-se-ia o cenário que se amarela com o ácido.
o esfarelar do pedaço de fita que encara a brisa.
corroído pela fumaça,
esmoecendo devagar enquanto o sangue seca.
enquanto se espera.
fétido e insólito.
curioso e insolente,
na vertigem que se observa do alto de cada cume assombroso.
entrelaçado nos ossos do humilde cavalheiro.
sobre penas e pó,
acariciado pelo desejo de ser renegado,
enquanto espera pela sórdida companhia de uma dama sem alma...

(A.B. Giordano)


terça-feira, 24 de agosto de 2010

Desencontro

Foge ao alcance do fogo.
Fica em vão e sem rumo.
Pede o fim da tormenta.
Que vá a chuva, que fique a seca.
Mais ainda quando molha o quintal.
Aguando a calma de minhas gotas de sabão.
Os frascos vazios de sal.
Os vasos cheios de flores sem vida.
Inspirando a nudez na fala.
Ao redor da casa.
Na janela da sala.
Pelas paredes e as cercas que aprisionaram o caos.
Nas caladas e homogeneas noites de primavera.
Inundadas de gotas, de água.
Roubam o doce da epiderme.
Fica o amargo da renda que a ama deixou na varanda.
Incompleto, esquecido.
Mal feito pelas mão trêmulas da senilidade.
Traz a cal que despenca dos telhados e tetos.
Na mesa que serve o pão do descontentamento.
Desordenado.
Desordenado é o pensamento...
Faz jus a luz e nunca ao momento.
Ignorando a lógica.
Correndo em círculos pelo labirinto da mente do curioso.
Nos capítulos da herdada estória.
Acuado pela fidelidade do que se chama sociedade.
Corre na veia do mago.
Esquecido pela idade.
Sobe e desce a ladeira da incoerente memória.
Desordenado.
Descontente com a corrente.
Em busca do fracasso de outrora.
Solitário pela rua do perdão esquizofrenico.
Sem luar e sem coesão.
Despido de riqueza ou razão.
Em meio as frases de outro alguém ainda mais sem coração.

(A.B. Giordano)


domingo, 15 de agosto de 2010

...

Quem disse que não sabia, mentiu.
Disse que não poderia e fugiu.

Nada do que se viu um dia restou na memória.
O que se vê traz apenas uma parte da história.

Mesmo que se apague, saberei que foi real.
Ainda de desapareça, terei certeza que existiu.

Falha o bom senso, mas permanece o inegável.
Desgasta no tempo apenas na falta da sabedoria.

(A.B. Giordano)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

rascunho...

Se fosse pra falar,
o que mais eu poderia dizer?
Tudo que sei ja disse.
O que havia de concreto despejei sobre a mesa.
Sobram só isso; as sobras.
E de que vale perpetuar o que está fadado a acabar?
Ninguém se importa mesmo....
E mesmo que o caso fosse outro,
que motivos ainda me fariam voltar atras?
Ilusão se encontra em qualquer esquina.
Pra que mais uma nessa vida torta e sem rumo?
Fica o despejo.
Adeus ao apelo.
De resto não há como perdurar.
Resto e sobra.
O fim do poço vazio; sem água sem palavras, sem algo que o valha.

(A.B. Giordano)

dois e dois

esqueça a regra.
faça de conta que somos só eu e você essa noite.
pense no que há de melhor.
acrescente ao momento.
diga tudo que quiser.
mesmo que não faça sentido algum.
me prenda na sua cintura.
não há mais como eu me perder de você.
o futuro não vai voltar essa noite.
o dia de ontem é o mesmo de hoje.
ate que haja um elo quebrado.
mesmo que for esquecido,
ainda será lembrado.
faça o que fizer,
só não me traga de volta a razão.
pois nela um dia me perdi.
e nada me falta hoje.
nem ar, nem bem, nem mar, sol ou luar.
nem tampouco a ti.

(A.B. Giordano)


terça-feira, 10 de agosto de 2010

Fim

"E quem foi que disse que o amor não acaba?
Quem disse que seria eterno e fez com que eu me sentisse enganada?
A manha que se despede sorri com cinismo.
Só o sol a me fitar me traz de volta abrigo.
O orvalho secou, nada resta pra provar.
Sentimento que vem e vai, assim como o amor,
são todos aqueles que o coração pode abrigar."

(A.B. Giordano)

Carta de amor

Me lembro do seu olhar, e de como me sinto quando ele parece ser meu... Quando penso em você, quase posso sentir seu perfume no ar...
Sinto seu abraço, seus braços sobre os meus ombros... O toque dos seus lábios sobre a minha testa, e o calor que me toma quando aberta minha cintura contra o seu corpo...
A saudade que sinto quando está tão perto sem que eu possa te tocar, e o temor que vem quando chega a hora de te deixar...
Lembro do seu rosto... quando passa a mão sob a testa porque está preocupado, ou quando levanta a sobrancelha quando fica inconformado... suas caras sempre são as mesmas, mas é seu jeito de fazê-las que me fascina cada vez que as vejo...
Seu olhar indecifrável, único entre os tantos que guardei na memória, hora me faz feliz por não saber tudo à seu respeito, hora me assusta pois quando o vejo, não sei o que dizer...
Penso na alegria que sinto quando estou ao seu lado, quando conversamos e sei que você me ouve de fato...
A falta que me faz a sua voz.. como fiquei triste quando disse que ligaria e o telefone não tocou...
A lembrança de meus sonhos quando os tenho ao passar a noite ao seu lado, o medo que já senti quando te vi tão vulnerável...
A vontade que tive de dizer sim, e a felicidade por ter dito não... o medo de ter perdido a chance, a alegria de ter recebido seu cartão com as palavras certas para descrever toda essa confusão...
Quando te vejo dormir, me apaixono ainda mais pela beleza do seu semblante... sinto a calma que te percorre e esqueço de tudo que existe...
Quando você sorri pra mim... quando põe a mão sobre a minha perna quando estamos sentados juntos... sua mão sobre o meu cabelo quando me beija de uma forma diferente...
Quando vem me dizer oi e me abraça lentamente...
Seu jeito de sentar e expressar tudo o que esta pensando com um olhar... a forma como fala, não só comigo, mas com todos que vem te questionar...
Sua serenidade, a calma que habita no seu caminhar... seu cuidado ao sempre me deixar passar... a forma como pega na minha mão ou me abraça ao caminharmos... sua delicadeza quando se aproxima ou quando começa a falar... É tudo tão perfeito que às vezes nem posso acreditar...
Me lembro da primeira vez que o vi, até a despedida de ontem quando você teve que partir...
A dor que sinto quando sei que não vou te ver se transforma em saudade...
Sinto sua falta do momento em que abro os olhos pela manhã, até quando os fecho novamente para dormir... Me sinto livre ao seu lado e nada me preocupa além do tempo, pois de tudo que existe, sinto que só ele é capaz de te levar pra longe de mim a qualquer momento...

(A.B. Giordano)

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

(Sem Titulo)

Não sei se você vê o que vejo,
Se sente o que sinto,
Se vai ou se fica...


Não sei se suas horas são tão longas quanto as minhas,
Se sua estrada e tão escura e sombria,
Se está tão perdido quanto eu dentro dessas linhas...

Não sei o que dizer,
Às vezes tenho ate medo de pensar,
Não sei o que você vê
E nem sei aonde esta.


Não sei de seus temores,
E não sei porque não quer me mostrar.
Não entendo esse seu novo rosto,
Mas não quero te pressionar,

Apesar de ter meus medos,
Desta vez não vou me deixar levar.
E quem sabe o que esta por vir,
Será que o sentimento virá ou me fará partir?
Serei eu pra você,
e você pra mim?
Será esta a razão pra se viver?
Ou será apenas loucura ou paixão,

Amor insano, ou quem sabe ilusão...


E será você aquele a me esperar na janela,
A me fazer companhia nesta vida singela?
Será que existe enfim um “nós” ?
Ou estou a sonhar com seus olhos debaixo de meus frios lençóis?

E se ainda não houver,
Mas estiver pra existir,
Como saberei enfim o que é,
Se às vezes tenho vontade de partir?..
Partir pra longe de teu tão sereno encanto,
Que me fascina e detém,
Me alucina e me faz refém...

Tento fugir do teu olhar,
Pois às vezes não sei o que pensar...
Mas não posso mais te ignorar.
Nem mais sequer tentar...
Pois sem teu calor, nada mais além do inverno haverá,
Sem teus beijos, enfim não serei capaz de nem mesmo respirar.
Sem seus braços sobre meus ombros, não haverá quem poderá mais me salvar,
E sem a luz dos teus olhos enfim,
A luz do meu mundo então se apagará...


E quanto mais ainda preciso falar,
Pra que você entenda meu motivo pra sonhar?

"Perdi minhas palavras um dia,
Mas você as trouxe de volta pra mim.
E mesmo que não haja um jeito
De te agradecer por tal bondade,
Mando-te todos meus beijos
Pra simplesmente terminar esta frase..."


(A.B. Giordano)

domingo, 8 de agosto de 2010

Pra não dizer que não amei..

Eu me sinto tão sozinha às vezes,
E tenho medo de te procurar.
Tenho medo que você não vá estar lá,
Ou que diga algo que vai me magoar.
Tenho medo do seu olhar,
De ver dentro dele que não existe mais um lugar pra mim...
Tenho medo de que você não entenda
Ou que ache idiota os motivos pelos quais eu choro,
Que me esqueça...

Eu procuro a sua mão,
Tento ver seu rosto.
Imagino seu sorriso.
Como eu queria que você estivesse aqui...
Pois assim eu poderia dizer que te amo,
E sua mão tocaria a minha.
Assim como seus lábios,
E eu poderia sentir que não há mais motivos pra temer...
Minhas lagrimas parariam de inundar meus olhos,
E meu coração poderia então,
Simplesmente,
Acalmar...

Eu amo você.
De verdade.
E se quer saber,
Não sei mais o que faço pra que você entenda,
Que às vezes eu preciso te ouvir dizer o que sente.
Preciso que você me mostre se posso te amar,
Ou se meu sentimento não passa de uma ilusão.
Preciso sentir que há algo em você,
Se seu desejo é também estar ao meu lado.
Preciso saber se você quer ficar ou partir,
que me diga sim ou não,
Que me mostre que você esta lá quando estiver ao meu lado,
E que mesmo longe,
Uma parte sua fica comigo...

Sei que isso parece idiota,
Mas preciso dizer o que eu sinto.
Do contrario,
Acabaria fugindo de você,
pois é isso que sempre fiz.
E simplesmente um dia
Tudo acabaria sem explicação...

E eu não queria que isso acontecesse..
Não com você.
Pois o que hoje você significa pra mim,
É mais do que eu poderia sequer tentar expressar...


(A.B. Giordano)

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Incorrigível

Que haja um silêncio,
na prece da mãe,
no apelo do pai.
Que haja alento.

Acolhido pelo peito,
abraçado mesmo que pelo vento.
Seja verdadeiro,
ainda que só neste momento.

É aquecido,
amado.
Sob a abóbada encoberta.
É eterno.

Salvo o sopro do calafrio,
tudo que sobra de algo que vez passada foi vazio,
é céu e mar.
O canto claro na sala de estar.

Fiel.
Seguro.
O seio materno,
no terno abraço paterno.

Incorrigível como não pode deixar de ser.
Coberto de cores,
acompanhado do amanhecer.
É o desejo de algo que não cabe descrever.


(A.B. Giordano)

domingo, 1 de agosto de 2010

Helpless

Não me deixe a mercê das sombras!
Levante-se e corra comigo!
Acorde de uma vez!
Seja quem for, não fuja. Não hoje!

Que será de mim quando a noite chegar?
Que chances tenho eu de vislumbrar outro amanhecer?
Não vê que estou só?
Não percebe que nada me restou além do medo e do terror?

Se fosse cedo, eu te deixaria partir,
porem a lua ainda brilha sobre o telhado de madeira.
Se fosse sol, nada me preocuparia,
mas sem a luz permanecem frias as infinitas sombras.

(A.B. Giordano)