Se lhe escrevo estas poucas linhas, devo-o à cortesia do sr. Moriarty, que, muito delicadamente, me espera para a discussão final das questões que existem entre nós. Deu-me um esboço dos métodos de que se utilizou para evitar a polícia inglesa e se manter informado de todos os nossos movimentos. Sem sombra de dúvida, confirma a elevada opinião que eu formava de suas aptidões. Alegra-me pensar que livrarei a sociedade, de ora em diante, dos atos do professor Moriarty, embora receie que seja à custa de algo que afligirá meus amigos, muito em especial a você, meu caro Watson. Mas eu já lhe expliquei que minha carreira chegou a uma encruzilhada, e que nenhuma outra conclusão me poderia ser mais lógica do que esta. Com efeito, quero fazer-lhe uma confissão completa: eu tinha certeza de que a carta de Meiringen era uma mistificação, e fiquei feliz por você ter partido na missão que supunha verdadeira, visto ter a certeza de que um fato como este teria de suceder. Diga ao inspetor Patterson que os papéis de que ele necessita para provar a culpabilidade da quadrilha estão na repartição M do fichário, dentro de um envelope azul com a inscrição 'Moriarty'. Já tratei de tudo o que diz respeito às minhas posses, que deixei a meu irmão Mycroft antes de partir da Inglaterra. Transmita, por favor, meus cumprimentos à sra. Watson, e creia em mim, para sempre, meu caro amigo.
Muito sinceramente seu,
Sherlock Holmes."
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