sexta-feira, 30 de julho de 2010

Quem sabe ao certo

E eu que pensei poder manter minha sanidade.
Acreditei que tudo que me resta fosse meu para guardar...
Porem a dor não é minha,
pertence a outro alguém. Outro lugar.
Quisera saber quando a primavera veio e me fez encantar.
Quisera que na véspera não tivesse mantido a loucura em proteção.
E que palavras loucas são essas que fazem com que o vento mude a direção e me atinja sem pestanejar?..
Seria a liberdade a me socorrer?
Seria um anjo perdido a me proteger?
Quem sabe ao certo? Quem poderia saber?
Perambulando por entre os abismos, só o eco é quem ousa replicar.
E mesmo que sonífero,
na escuridão do labirinto a nos cercar,
Ouvirei a voz do arquiteto me pedindo pra acreditar.
Seria formoso.
Acampada na relva do vale infinito o faria me escutar.

"Oh céus, que grande e infundado infortúnio deste aos homens ao permitir a possibilidade de sonhar...
Pois fadados a desilusão nos deixaste estar".

(A.B. Giordano)

Nenhum comentário:

Postar um comentário