sem cor ou sequer poesia.
Convocando, quem sabe,
resquícios da soberana magia.
Silêncio, desejado silêncio.
Sobrevoa a juventude,
castra o sim; revoga o não.
Saboreando a liberdade,
os restos de sucata pelo chão.
Silêncio, ansioso silêncio.
Pede ao dia que morra enfim,
sufocado no horizonte amaldiçoado.
Mergulhando pelo abismo da imensidão.
Detenha o salto, demônio enfeitiçado!
Silêncio, recatado silêncio.
Na escuridão que me cerca,
esqueço do dom de respirar.
Assimilo o vazio entre o orvalho,
na calada da noite a me esperar.
Silêncio, mero silêncio.
(A. B. Giordano)
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